Farra milionária - Os high rollers em Las VegasConsulte o serviço VIP para clientes e apostadores Farra milionária Os executivos de Las Vegas classificam os grandes jogadores em duas categorias. Khashoggi e o sultão de Brunei são os baleias, gente que aposta 1 milhão de dólares por noite. Essa categoria reúne cerca de 250 magnatas no mundo todo. O segundo grupo, chamado de premium, inclui alguns milhares de jogadores cujo limite de loucura fica na faixa dos 200.000 dólares por noite. Dessa turma fazem parte o ator Bruce Willis, os ídolos do basquete americano Dennis Rodman e Charles Barkley, bem como o editor Larry Flint, dono da revista Hustler e personagem do filme O Povo contra Larry Flint. Flint é um premium, mas tem suas noites de baleia. Em uma de suas visitas recentes à cidade, ficou dezesseis horas seguidas numa mesa de bacará no Las Vegas Hilton e torrou bem mais do que os 200.000 dólares de sua categoria. Em Las Vegas há apostadores de todas as idades e classes sociais, mas são os baleias e os premiuns que fazem toda a diferença. “Eles são importantes para a indústria do jogo porque seu comportamento é uma referência para os apostadores”, diz Robin Farley, uma especialista no assunto. Para atrair jogadores endinheirados, os cassinos montaram escritórios em cidades estratégicas ao redor do mundo, como Hong Kong, Taipé, Cingapura e São Paulo. Os brindes que seus agentes oferecem a esse tipo de cliente especial incluem suítes de luxo nos hotéis, jatinhos particulares para levá-los aos Estados Unidos, linhas de crédito automáticas para apostar e descontos em seus prejuízos. Se um baleia perder 1 milhão, o banqueiro do jogo será generoso para lhe cobrar apenas 800.000. “Se não houver esse tipo de compreensão, o apostador é capaz de entrar na suíte que o cassino lhe reservou de graça, chamar a limusine que o cassino lhe colocou à disposição, também de graça, e ir gastar o resto do dinheiro no concorrente ao lado”, diz um executivo de hotel em Las Vegas. Obras de arte Os cassinos gastam montanhas de dinheiro para oferecer luxo e ostentação a esses clientes especiais. O Mirage Resort, um dos preferidos dos grandes jogadores, investiu recentemente 150 milhões de dólares em obras de arte. Entre as novidades que agora adornam suas paredes estão quadros de Renoir, Monet, Cézanne, Van Gogh e Picasso. Os investimentos totais do Mirage e de seus três principais concorrentes o MGM, o Hilton e o Caesar Palace nesse tipo de luxo beiram os 3 bilhões de dólares. Em geral mais ricos do que famosos, os megaapostadores gostam de discrição e são recebidos quase em segredo em áreas especiais dos cassinos. Usam entradas e elevadores privativos e se hospedam de graça em suítes que nem constam na relação de alojamentos usuais do hotel. Também de graça lhes é servido um champanhe Château Lafite-Rothschild 1961, cuja garrafa não sai por menos de 3.000 dólares para o resto dos mortais. Os mimos e as mordomias para esses apostadores são largamente compensadores para os donos do jogo. Estima-se que, sozinhos, os premiuns e baleias sejam responsáveis por 3 bilhões de dólares por ano no faturamento dos cassinos. Apesar de ser tratados como reis, os grandes apostadores costumam muitas vezes se comportar como plebeus rudes. Os funcionários dos hotéis são convocados com freqüência para buscar drogas, aliciar prostitutas ou arrumar apartamentos para rodadas clandestinas de jogo. Um executivo de Las Vegas conta que, certa vez, um desses apostadores pediu à gerência do hotel que mandasse à suíte dezenas de garotas de programa. Quando elas chegavam eram selecionadas pelo próprio milionário. As que eram dispensadas recebiam 300 dólares. Seu apartamento chegou a ter, de uma só vez, trinta mulheres. Mesmo no interior do cassino, nem sempre é pacífica a convivência entre banqueiros do jogo e apostadores caixa-altas. Quando ganham, os jogadores costumam sair do jogo imediatamente. Muitos estão sempre correndo mais riscos do que podem suportar e, quando perdem, a banca quase sempre tem dificuldade para receber a dívida. A garantia do cassino é que eles sempre voltam. Consulte o serviço VIP para clientes e apostadores Esse artigo foi retirado da revista veja de 1997. |
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